Mente ordenava. O corpo teimava. Até que um dia apareceu um novo personagem. Ainda não tinha nome, vítima de muitos preconceitos. Alguns o chamavam de alma, outros de estado de espírito, outros de sopro de vida. Aqui apenas digo que ele é exatamente o que você sente quando olha dentro dos olhos de alguém. Percebe? Aquela força que tem no centro dos olhos, dentro de nós mesmos.
Pois bem, ele chegou, quebrou a última parede. A porta de entrada. Os vidros da janela. Convidou a mulher para colocar os pés na terra. Ainda deitada, com os pés molhados de terra, sentiu suas costas ampliarem. E a cama gigante que antes a aprisionava se transformou em palco. Aos poucos, como um corpo que dança sozinho no espaço ela se lembrou que tinha asas. Lembra?!! Firme, continuou desobedecendo sua mente. Não ficou de pé. Não colocou os pés no chão! Não serviu às regras impostas. Surpreendentemente deu um salto e se jogou inteira no ar. Não, não se assustem. Sem queda desta vez. Seu desejo era alcançar todo o espaço de fora que sempre a pertenceu. Não havia mais limite para a mulher. Ela era inteira. Viva. Pulsante. E podia, ainda, no início da terceira década de sua vida, construir tudo o que quisesse. Sim, tudo o que pudesse imaginar.
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ResponderExcluirMente ordenava. O corpo teimava. Até que um dia apareceu um novo personagem. Ainda não tinha nome, vítima de muitos preconceitos. Alguns o chamavam de alma, outros de estado de espírito, outros de sopro de vida. Aqui apenas digo que ele é exatamente o que você sente quando olha dentro dos olhos de alguém. Percebe? Aquela força que tem no centro dos olhos, dentro de nós mesmos.
ResponderExcluirPois bem, ele chegou, quebrou a última parede. A porta de entrada. Os vidros da janela. Convidou a mulher para colocar os pés na terra. Ainda deitada, com os pés molhados de terra, sentiu suas costas ampliarem. E a cama gigante que antes a aprisionava se transformou em palco. Aos poucos, como um corpo que dança sozinho no espaço ela se lembrou que tinha asas. Lembra?!! Firme, continuou desobedecendo sua mente. Não ficou de pé. Não colocou os pés no chão! Não serviu às regras impostas. Surpreendentemente deu um salto e se jogou inteira no ar. Não, não se assustem. Sem queda desta vez. Seu desejo era alcançar todo o espaço de fora que sempre a pertenceu. Não havia mais limite para a mulher. Ela era inteira. Viva. Pulsante. E podia, ainda, no início da terceira década de sua vida, construir tudo o que quisesse. Sim, tudo o que pudesse imaginar.
:)
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